Kristendant City - O Orbetite



Donnefar Skedar
Kristendant City - O Orbetite



Capítulo I

Não parei de pensar no livro que comecei a ler, hoje eu tive um sonho estranho, sonhei que eu estava em um carro com a mamãe e a tia Benny e estávamos indo para uma cidade chamada: Kristendant o incrível é que esse é o nome da cidade do livro, acho que estou dormindo tarde demais. Tenho que ir, vou levar o livro comigo para ler no intervalo das aulas, até logo… Ass. REIK!
Escreveu Reik logo após se arrumar para sua maratona semanal de aulas na escola que ficava a duas quadras de distância.
Caarlin estava a três intermináveis dias à espera de seu amado. Sem o Orbetite, algo que podemos chamar de honra masculina, Martin jamais teria a mão de Caarlin para se casar com ela.
A busca pelo Orbetite era a única forma de um noivo provar a todos que estava pronto para ter uma família. Mas a busca não era algo simples, o Orbetite ou a honra, era achado de várias formas, mas sempre dentro da floresta o que fazia da busca pelo Orbetite uma grande missão solitária. Dentro da floresta era possível encontrar-se até com o inimaginável. Kristendant City até podia ser uma cidade pequena, mas não era calma!
Devido a todas as casas serem heranças de antepassados, as histórias sobre assuntos até então indiscutíveis, eram ditas na única casa que poderia ser chamada de igreja senão fosse o fato de realmente ser uma casa de família e não de Deus.
Os pensamentos de Caarlin estavam longe quando sua mãe chegou perto dela e colocou sua leve mão em seu ombro.
– Acalme-se filha. – disse a jovem senhora que mesmo em seu posto de mãe, mais se parecia com uma irmã. – logo Martin estará de volta e tudo ficara bem.
– Será mamãe, já sabe o que estão falando lá fora…
– Não se preocupe com o que dizem apenas se alegre ao se imaginar quando você estiver na casa do De La Pont – a mãe então soltou um leve sorriso ao pensar que sua única filha partiria para a enorme mansão de seu futuro genro.
– Fico a imaginar mamãe… – Caarlin então desviou o olhar para a mãe que se sentou ao seu lado. –… como triste deve ter sido ao meu amado ter perdido os pais logo tão cedo!
– É verdade, foi um período muito difícil para Martin, se não tivesse contado com a bondade de Dom Toquiz que o acolheu em sua casa, acho que o querido Martin não estaria mais entre nós vivos…
Reik estava sentado abaixo de uma enorme árvore onde se encontrava diversas pessoas ao seu redor, Reik estava com seu enorme livro de cor roxa já desbotada pelo tempo de vida, em momento algum ele parou para olhar alguém que se aproximava ou para descansar a vista. Era como se ele estivesse com sede de ler e aquele livro o estava satisfazendo sua sede. Minutos depois o sinal para que todos voltassem às salas soou como uma bomba e Reik reclamando pelo fato de ter que abandonar a leitura saiu em direção a sua sala.
Acerca de 4 horas mais tarde o sinal tocou novamente, mas desta vez foi para avisar o fim das aulas naquele dia. Reik saiu correndo sem ao menos se despedir dos colegas de classe e correu para um Corvette de cor azul que estava de frente do colégio, era sua tia Benny que sempre ia buscá-lo no mesmo horário todos os dias.
– Boa tarde! – disse Benny enquanto Reik entrava no carro.
– Boa tarde. – respondeu Reik sem muita conversa. – Podemos ir mais rápido hoje tia, estou com presa tenho que ler meu novo livro.
– Tudo bem, eu sei como você fica com esses livros e não quero te atrapalhar.
– Eu sei tia, mas esse é diferente. – disse Reik com os olhos brilhando. – Esse é mágico.
– Nossa! – respondeu a tia sorrindo.
Chegando a loja onde a mãe de Reik trabalhava e onde ele ficava até a hora em que ela ia embora, Reik correu para seu lugar favorito que nada mais era do que um porão vazio que servia raramente de depósito para o Sr. Josh. Colocando a mochila no chão Reik correu para o livro e começou a ler.
…Dom Toquiz, era o único padre que embora casado e pai de duas crianças, fazia as celebrações em sua sala. Afinal o cristianismo só foi descoberto por eles há apenas 60 anos, quando um padre do vaticano apareceu na cidade dizendo que tinha sofrido um acidente aéreo caindo nas regiões próximas de Kirsten. O padre havia chegado até a cidade com a ajuda de dois COATIS, Coatis eram criaturas magníficas, uma espécie de lobos jamais imaginados pelo homem. Eram enormes de pelos azulados e olhos redondos cor-de-rosa. Embora Coatis fossem lobos que vivessem nas florestas, suas mentes eram de incrível compreensão, pois eles sabiam que os seres humanos da cidade de Kristendant jamais os perturbariam ou os machucariam. Assim sendo, quando os Coatis encontravam seres humanos com sinais de vida, logo eles carregavam a pessoa até o centro da cidade onde outras pessoas corriam para socorrer os feridos e davam de agradecimento aos Coatis um belo banquete, eles comiam e logo partiam para a floresta.
Quando o padre se recuperou, logo veio o choque de ver as pessoas com trajes Inimaginavelmente Antigos. Com o passar dos dias, o padre foi ensinando os principais atos da bíblia ou os dez mandamentos.
Rapidamente veio o pedido de Toquiz para que o padre o deixasse ser seu aprendiz.
E assim o padre fez de Toquiz seu único e verdadeiro aprendiz.
Cerca de cinco anos depois, o padre decidira parti de volta ao vaticano que para Toquiz foi uma despedida difícil, já que o padre tinha deixado à responsabilidade do ensinamento nas mãos de Toquiz que logo se tornou no respeitoso Dom Toquiz.
O padre na sua partida solitária de volta ao vaticano foi encontrado decapitado por dois jovens que estavam à procura de seus Orbetites.
Todos na cidade fizeram o que agora conheciam como “rezar” e assim Dom Toquiz se tornou o único ser cristão e Kristendant City
Reik parou a leitura para observar que horas eram em seu relógio digital de pulso e viu que já estava próximo da hora de voltar para casa com sua mãe.
Embora Reik não fosse mais tão criança ele sempre se lembrava de seu pai que por algum motivo desconhecido por ele havia sumido quando Reik ainda estava com quatro anos de idade, sua mãe Gabrielly nunca
comentou ao certo o que havia acontecido com seu pai, à única coisa que Reik sabia era que seu pai ainda jovem foi para uma viagem de emergência e nunca mais deu notícia se estava bem ou até mesmo vivo.
Ao aproximar-se da porta de saída do porão, Reik pode ouvir a voz de Gabrielly conversando algo com o Sr. Josh. Embora as palavras estivessem embaralhadas Reik pode ouvir claramente sua mãe dizendo ao velho: – Porque você fez isso outra vez Josh, já não foi o bastante o que aconteceu com Brad…
Com o papai?
Espantou-se Reik deixando a porta se abrir por completo fazendo com que os dois o avistassem e assim calassem.
– Vamos Reik. – ordenou a mãe para que o filho a seguisse.
– Até logo meu pequeno guerreiro. – disse o velho enquanto Reik passava por sua frente.
O caminho até a casa de Reik era pequeno e não foi dita uma palavra sequer sobre o que ele ouvira na loja, apenas perguntas rotineiras sobre seu dia foi à única coisa que Reik ouviu de sua mãe.


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